História do chapeuzinho vermelho Lyrics
Chapeuzinho? Chapeuzinho? (Estou aqui, mamãezinha)
Vai à casa da vovó, entregar esta cestinha
São doces, bolos e frutas, a vovó está doente
Vou correndo, mamãezinha, vovó vai ficar contente
Mas olha aqui, minha filha, vai pela estrada do rio
O caminho da floresta é muito longo, sombrio
Os caçadores disseram ontem, às nossas vizinhas
Que o lobo mau anda lá, devorando as criancinhas
Não se assuste, mamãezinha
Seguirei o seu conselho
Adeus, adeus, minha filha
Vai, Chapeuzinho Vermelho
Pela estrada afora eu vou bem sozinha
Levar estes doces para vovozinha
Ela mora longe, o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mais à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente
Pela estrada afora, eu vou...
Ei! Chapeuzinho Vermelho!
Chapeuzinho, venha cá
Uai, quem é? Não estou vendo
Quem é você? Onde está?
Não se assuste, tenha calma
Não pode me ver porque sou o Anjo da Floresta
Escute, aonde vai você?
Vou levar estes doces à vovó que está doente
Muito bem, boa menina, vovó vai ficar contente
Mas se vai pra aquelas bandas este caminho não presta
O rio anda muito cheio, siga a estrada da floresta
Da floresta? Deus me livre!
Mamãe disse, coitadinhas
Que o lobo mau anda lá, devorando as criancinhas
Sua mamãe é medrosa, mas que tolice, ora essa!
Há muito que o lobo mau já se mudou da floresta
Agora, não há perigo e toda mata tem festa
Há framboesas maduras pelos caminhos ao léu
Há pitangas mais vermelhas do que a cor do seu chapéu
As borboletas-azuis são pedacinhos do céu
Mas, seu anjo, tem certeza
Que o lobo mau já não mora mais na estrada da floresta?
Tenho certeza, ora, ora e pra falar a verdade, Chapeuzinho
Desconfio que o lobo mau anda agora aí na estrada do rio
Então eu vou pela floresta, vou correndo
Credo, cruz, adeus, seu anjo, até logo
Ah, tão boba quanto eu supus
Há, há, há, que grande peça, isso é que é lobo matreiro
Ela nem viu que eu estava aqui detrás do ingazeiro
Sigo agora pela estrada do rio, vou bem ligeiro
E mesmo que ela se apresse chegarei muito primeiro
Lá chegando papo a vó, que é bem velha com certeza
E fico esperando a neta pra comer de sobremesa
Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas pra fazer mingau
Hoje estou contente, vai haver festança
Tenho um bom petisco para encher a minha pança
Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas pra fazer mingau
Hoje estou contente, vai haver festança
Tenho um bom petisco para encher a minha pança
Ah, deve ser aquela casa junto à curva do caminho
Chegamos, agora calma, batamos devagarinho
Ó, vovó, ó, vovozinha!
Quem bate? Quem está aí fora?
Sou eu, sua netinha, trago uns doces pra senhora
Não pode ser, está voz não é dela, tão mudada
Sou eu, sim, minha vozinha, amanheci resfriada
Então, entre, Chapeuzinho, chega aqui junto à lareira
Ah! Socorro, ah, meu Deus, é o lobo!
Vais pro papo, feiticeira!
Há, há, há, que maravilha, que grande goela é a minha
Apesar de um pouco dura, comi a velha inteirinha
Visto, agora, a camisola, a touca, o xaile vermelho
Devo estar qual tal a velha, vejamos que diz o espelho
Falta ainda alguma coisa, os óculos
Estupendo, perfeito, que coisa louca
Que artista se está perdendo
Muito bem, agora a cama
Descansemos um pouquinho
Esperando a sobremesa que vem aí a caminho
Pela estrada afora, eu vou bem sozinha
Levar estes doces para vovozinha
Ela mora longe, o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Vovó, vovó, vovozinha!
Quem bate sem ordem minha?
Sou eu, vovó, Chapeuzinho
Hum, pode entrar, minha netinha
Bom dia, vovó (bom dia, chega aqui na minha frente)
A vovozinha hoje está com uma voz tão diferente
Não é nada, minha filha, acordei um pouco rouca
À noite fez muito frio e eu fui lá fora sem touca
Vovozinha, vovozinha, você não vai se zangar
Mas, para que são esses olhos tão grandes? (Pra te espiar)
E este nariz tão comprido, tão feio? (Pra te cheirar)
E esta boca, vovozinha, tão grande? (Queres saber?)
Queres mesmo? Então, é pra te comer
Uai, uai, uai, mamãe, vovozinha, o lobo!
Não adianta, beleza, a vovó já está no papo
Vai agora a sobremesa
Seu lobinho, tenha pena
Vou te fritar nesse tacho
Ah! Fugiste? Abre esta porta
Abre, senão, boto abaixo
Que isso que estou ouvindo? Não, seria uma desgraça
Não pode ser, mas parecem latidos de cães de caça
Os caçadores andavam caçando por trás dos morros
Será que me farejaram, esses malditos cachorros?
Sim, são eles, vêm chegando
Ouço as trompas, o alarido, vou fugir
Agora é tarde, chegaram, estou perdido
Abram a porta, depressa, senão a boto no chão
Abram, senão, eu arrombo
Não querem abrir?! Então...
Pega, pega, Boca Negra, agarra o lobo, Trovão!
Este já está liquidado, o tiro foi bem na testa
Não comerá mais crianças nos caminhos da floresta
Estás ouvindo uns soluços? Alguém chorando baixinho
Quem está aí? Quem está aí dentro?
Sou eu! Eu quem? Chapeuzinho!
Pode sair, minha filha, já não há nenhum perigo
Nossas fiéis carabinas liquidaram o inimigo
Não chores, minha menina, não ficarás mais sozinha
Mas, a questão é que o lobo devorou minha vozinha
Que horror! Que barbaridade!
Não chores, porém, criança, pois nem tudo está perdido
Quando resta uma esperança
Abriremos a barriga do lobo e a vovó querida
Como foi comida há pouco, talvez ainda tenha vida
Tragam, depressa, os facões, vamos abrir com cuidado
Pois, eu sinto alguma coisa mexendo aqui, deste lado
Cortem aqui mais acima
Outro corte, mais um só
Achei, respira, ainda vive
Vivinha, viva, vovó
Ó, Chapeuzinho, que susto
Coitada da vovozinha
Tudo porque desprezaste o que disse a mamãezinha
Agora, tens que voltar novamente pela estrada
A noite já vem chegando, vou ficar preocupada
Não se incomode, senhora
Nós vamos para aqueles lados, levaremos a menina
Não precisa ter cuidados
Então, adeus, Chapeuzinho
E não te esqueças, querida
Mamãezinha é o anjo bom
Que zela por tua vida
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
Varamos toda a floresta por vales e serranias
Caçando onças-pintadas, pacas, tatus e cotias
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
O lobo mau já morreu, agora tudo tem festa
Posso caçar borboletas, posso brincar na floresta
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
Varamos toda a floresta, por vales e serranias
Caçando onças-pintadas, pacas, tatus e cotias
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
Writer(s): Joao De Barro<br>Lyrics powered by www.musixmatch.com
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